7 de abril de 2010

Se fosse o meu microfone no lugar de Boris Casoy?


Tenho um amigo que não gosta dos comentários do Jornalista Boris Casoy. Eu apenas acho que ele cumpre bem o papel que a mídia exige de seus protagonistas. Mas um vazamento de áudio revelou um comentário nada moral e muito menos digno de um jornalista midiático bonzinho para a população. Coitado. A casa caiu. Acredito que os garis continuam varrendo as ruas, magoados, mas tranqüilos. Apenas a mente do nosso jornalista deve inquietar-se com uma falha técnica no jornal da emissora Bandeirantes.

Consegui assistir ao vídeo no you tube (guardião de todas as gafes) e confesso que lamentei pelo amigo Casoy – amigo, pois também estou cursando jornalismo. Tenho pena também do operador de áudio do jornal que, nessa hora, deve estar tentando uma vaga de gari em algum lugar, por estar recém desempregado. Que vergonha!

O que mais me chamou a atenção foram os comentários abaixo do vídeo: “O Boris Casoy é um falso moralista. serpente traiçoeira”, “Velho palhaço, queria ver se você agüentava fazer o trabalho dos garis já que vc tá se achando tanto”, “eu não vejo mais este telejornal a cara deste senhor me da nojo”. E estes textos se repetem em mais de 2400 comentários ao longo da página num vídeo postado com mais de 174.000 acessos. Um bando de hipócritas falando sobre o erro de alguém quando suas bocas proferem o mesmo, só que não em rede nacional.

Entenda, não defendo o jornalista infeliz. Nada, ou quase nada na TV é aproveitável ou serve para aprimorar as atividades mentais do brasileiro (pelo menos nos horários nobres). O que me deixa inquieto, é que as pessoas julgam o cara e o condena. Mas e nós? E se um microfone estivesse ligado por alguns momentos, fazendo-nos sermos ouvidos por cem pessoas, por exemplo. O que seria revelado de nós? Será que nossa máscara não cairia? Será que não falaríamos mais besteira que o Boris Casoy?

O melhor a se fazer é buscar sabedoria com erro do tolo. Ficar quieto, lamentar, e não fazer o mesmo. Lembrar que a qualquer momento nossos microfones podem ser ativados e nos mostrar como realmente somos.

Jesus adverte sobre isso. O pai que está no céu tem um fone potente, que nunca desliga. Ele ouve nossas falas a todo instante. Ele pode nos julgar. Que aprendamos com o Livro a sermos tardios para comentar e prontos a ouvir. Quanto aos “Bori’s” que somos, resta um conselho:

“Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido” – Provérbios 17.28.

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