31 de janeiro de 2011

Minhas verdades

Como é enganoso o coração do homem. Como erramos em nossos julgamentos. Os bons e os maus. Juntamos as evidências, conclusões, provas falhas. E chegamos ao incerto. A verdade nunca é completa diante do nós. Quando achamos que sabemos, descobre-se que nos equivocamos. E a surpresa nos toma.

Não confie em suas verdades. Ainda que elas parecem sensatas. Ou mesmo que sejam possíveis. Você pode errar, ferir pessoas, absolver carrascos. Existe um que sabe de todas as coisas. Ele é a Verdade. Confie nEle e nada lhe será oculto. E quando tiver a chance de vingar-se, aja como ele agiria. Assim, a vida correrá menos duvidosa e um tanto menos dolorida.

29 de janeiro de 2011

Existe Cura

O Senhor está disposto a nos curar. Ele tem o remédio para as doenças incuráveis. Doenças físicas e doenças da alma. Nós nos escondemos e falamos que tudo está bem. Não queremos expor nossas feridas. Não deixamos Ele tocar no machucado porque dói. Preferimos viver com os machucadinhos que, de tantos, nos invalidam.

Porém, faz bem deixá-lo tratar-nos. Mesmo nos doa. Mesmo que fiquemos uma semana de cama. Mesmo que nos reservemos um pouco. O resultado é a cura. Nunca mais irá doer novamente. Ficaremos livre para nos movimentarmos com facilidade pelas vielas da vida.

Deixe-O te tratar, existe cura!

1 de janeiro de 2011

Entre tudo que não há

Não há saudade tão forte que não possa ser amenizada.
Não há tristeza tão triste que não consiga se alegrar.
Não há vazio sem nada que não possa ser preenchido.
Não há solidão tão só que não vá encontrar um amigo.
Não há dia tão ruim que não possa redimir-se ao amanhecer.
Não há noite tão escura que não brilhe com uma partícula estrelar.
Não há inverno tão frio que detenha o inevitável verão.
Não há morte suficiente mortal que consiga matar memórias.
Não há aventuras tamanhas para explorar universo infinito.
Não há nada tão velho que não possa tornar-se novo.
Não há angustia tão dolorosa que não permita o sorriso da vida.
Não há mágoa tão intensa que vença a força do perdão.
Não há coração tão mal que não possa ser tocado pelo amor.
Não há caminho tão árduo que não possa ser atravessado.
Não há impossível inalcançável que a fé não alcance.
Não há vida tão curta que não conheça a enternidade.
Não há guerra tão violenta que consiga extinguir a paz.
Não há cruz, pregos e acoites que destrua o autor da vida.
Não há humilhação tão vergonhosa que não possa ser exaltada.
Não há vale tão profundo que não saiba o que é a luz do sol.
Não há oceano tão denso que não possa ser enxugado.
Não há muro tão alto que não possa ser derrubado.
Não há montanha tão grande que não possa ser movida.
Não existem palavras mil que descrevam ao todo um pequeno sentimento.

Entre tudo que não há:
Não há nada, nada que me separe do Teu Amor, Jesus

Hoje Chove

Hoje chove. E ontem e amanhã. Escuras nuvens no céu. Sem azul, sem o sol.
Hoje chove. E o telefone sem sinal. Fica dificil pra sair. Sem ninguém, sem mais.

E a chuva la fora /Janelas fechei
E a porta aberta / A brisa entrou
E o tempo de agora / vai passar
Hoje chove, mas / o sol irá brilhar

Hoje chove. O dia resumiu. Manhã e tarde iguais. Até frio senti.
Hoje chove. A noite escureceu. A lua acordou. O sono fugiu.

Anseios de um velho ano

Com o passar dos anos correm os dias e as horas. E a vida se estende. A maturidade solidifica-se e a meninice já é passado. E tudo muda. Mais erros, mais falhas, mais poeira os pés, mais solados gastos. Caminhou-se mais. Talvez tenha parado menos no passado. Mas prosseguiu-se. Hoje mais contrito que antes, mais convicto da frágil humanidade e também mas humilde em reconhecer-se. Mais dependente, mais ousado. Porém o medo é o mesmo, apenas trocado. E o futuro incerto, duvidoso, sorrateiro, imprevisível alimentando a ansiedade. Até aqui, vivo. Cada vez entendo o que é mundo injusto, hipócrita, classista, egoísta, capitalista, explorador, sem amor, sem Deus. E cada vez lamentando problemas maiores na nova perspectiva ampliada. O que se conclui? Conclui-se que se precisa mais de misericórdia, de bondade, de perdão, de paciência, de cuidado.

Que mudem os anos, que cresçam as nações. Que caiam os opressores, que voltem os perdidos. Que chorem os insensíveis, que riam os abandonados. Que mude algo. Que revolucione. Que se veja ao avesso, que se revele novo. Que venha o que há de vir.

Chega o futuro, a cada instante. E com ele a vida dos vivos e a inexistência dos mortos. A saudade das perdas, o vazio do escoado.

Esperança, Fé, Alegria, Amor, Paz. Nada. Tua Graça me basta.