31 de maio de 2011

Assumindo o Ministério de Jesus

Seria possível alguém assumir o ministério de Cristo? Certamente ninguém pode assumir o ministério da redenção operado e finalizado por Cristo. Mas a sua obra na Terra foi o que Ele mais quis que nós déssemos prosseguimento. Logo, acredito ser possível alguém assumir o ministério de Cristo, dando prosseguimento à sua obra.

Hoje é muito comum ouvir as pessoas dizerem ter um ministério ou um chamado específico. Quantos ministérios conhecemos hoje? Inúmeros! Alguns são pregadores, outros cantores, outros coreógrafos, outros músicos, outros pastores, outros bispos, outros apóstolos e tantos e tantos e tantos. Mas, e Jesus? Qual era o ministério de Jesus? Quais eram suas habilidades? Precisamos saber isso para assumirmos o ministério deixado por Ele.

Antes de assumir o ministério de Jesus, preciso entender o que é ministério. Ministério é serviço, ministro é servo. Jesus veio a este mundo para nos servir o amor e a graça de Deus. E nós o correspondemos servindo-O. Jesus foi a pessoa mais marcante que já pisou nesta Terra. Ele amou a todos, perdoou seus inimigos, serviu aos pequeninos, curou os doentes, dou sua vida aos outros. E o doar de sua vida não se deu somente na cruz, quando morria por nós. Ele doou todos os 33 anos de existência para compreensão, dedicação e serviço aos homens. Foi o mais humilhado. Foi injustiçado. Foi mal compreendido e abandonado. Porém hoje é o mais exaltado, julgará a todos, falará e todos entenderão e viverá para sempre com sua noiva – a igreja.

Se Deus chegasse no parapeito do céu e dissesse: “Hudson, assuma o ministério do meu filho Jesus na Terra”. Bom, muita coisa mudaria. Confesso que assumir o ministério de Cristo implicaria em mudar radicalmente o meu estilo de vida. Começaria com o Amor que Ele amou a todos. Eu deveria amar sem preconceitos, sem diferenças, sem exigências e sem escolhas. Teria que escolher amar a todos, até aos que me fazem mal. Depois, teria que resolver todas as questões pendentes, perdoar a todos que me ofenderam e pedir perdão a todos que ofendi. Então trataria o meu egoísmo. Tudo que faço pensando em mim, passaria a ser pensado em favor de todos. Tudo o que eu fizesse, inclusive o simples ato de dormir, não poderia prejudicar ninguém. Se possível minhas atitudes deveriam resultar em benefícios a todos. Não haveria ego que resistisse ao doar em amor. Já não me preocuparia em trabalhar tanto para adquirir e consumir bens ou para ajuntar alguns trocados. Tudo o que eu conseguisse com meu trabalho seria para alimentar a mim igualmente a todos que estivessem ao meu redor. Ninguém próximo a mim poderia sentir fome ou comer menos que eu. Ninguém. Minhas pesquisas, especializações e estudos seriam nos assuntos que pudessem contribuir diretamente com o próximo. Teria que viver uma vida de servo, servindo aos meus irmãos sem esperar ser servido. Então eu começaria a entender o que é ministério.

Esse tema nos deixa um nó na garganta. E tem deixado uma ferida no coração de Deus. As pessoas dizem: “Onde está Deus que não vem nos ajudar?”. E nós sabemos que Deus está entre nós, andou aqui na Terra, se fez conhecido a nós através do Espírito e nós não o fazemos conhecido a muitos. O Senhor quer curar, abraçar, tratar, consolar, levantar, servir, ajudar a todos os que precisam. Mas faltam mãos, pés, olhos, bocas, ouvidos, corações, pessoas. Ele se manifestou e veio ao mundo. Quando o Filho esteve na Terra sua missão era nos mostrar o caminho ao Pai. Agora que temos O Caminho, porque Jesus é O caminho, devemos levar os outros a Jesus. Como crerão que nós dizemos a verdade? Eles saberão através do amor que tivermos uns pelos outros. Imagine como seria se cada “cristão” assumisse o ministério de Jesus. O mundo viveria uma revolução. E eu creio que existem muitos cristãos que se parecem com Cristo, que doaram suas vidas a causa de Cristo – e não falo só dos missionários, pois missionários todos nós devemos ser. Existem homens e mulheres que morreram, e outros que ainda vivem, fazendo nada mais do que aquilo que o Senhor Jesus fazia: servir! E eu? Eu não sei ainda o que é servir, o que é doar. Sei o que é pedir, exigir, sei teorizar e não sei praticar. Sei falar de Jesus, mas falo pouco como Jesus falou. Digo; “Jesus, tu és meu Senhor!”, mas sirvo tão pouco a Ele. O Espírito continua dizendo que a seara é grande, mas poucos são os obreiros. Há muito trabalho, mas são poucos trabalhadores disponíveis. Como assim Hudson? – você pergunta – Afinal, existem milhões de cristãos espalhados pelo mundo. Sim, e eu sou um deles. Mas nós “cristãos” andamos muitos ocupados com nossos “ministérios” e rejeitamos o ministério de Cristo. Pois o ministério de Jesus não é lucrativo, ao contrário, nos causa alguns prejuízos. O ministério de Cristo não traz status, ao invés disso, traz-nos a perseguição, desprezo e ódio. O ministério de Cristo não nos dá conforto, luxo e vaidades, quando nosso irmão – e chamo de irmão todo ser humano – não pode ter aquilo que temos. Quão árduo é servir ao Senhor, mas quão compensador nos é.

A principal diferença do ministério de Cristo para os nossos “ministérios” é que o Dele é eterno. O nosso logo passa. Mas o dele é para todo sempre. Quem assume o ministério de Cristo não está fadado a morrer neste mundo de aflições e ser esquecido. O Senhor nos dará galardão segundo as nossas boas obras. Como será esse galardão? Ainda não sei. Mas estou certo de que é infinitamente maior do que o que chamo de salário.

Se o Senhor Jesus é de fato o meu Senhor, preciso repensar meu ministério e fazê-lo ser o mais parecido possível com o Dele. Até que um dia eu consiga assumir o Dele e viver como Ele viveu, andar como Ele andou e fazer coisas maiores que as que Ele fez.


Hudson, que nada sabe sobre o serviço. Que precisa viver o ministério de Cristo.

24 de maio de 2011

Tautologia

Com certeza absoluta o acabamento final depende da quantia exata. Há anos atrás o vereador
da cidade estudava outra alternativa. A razão é porque todos foram unânimes no fato real de
conviverem juntos.A multidão de pessoas retornaram de novo, numa surpresa inesperada, à abertura inaugural. A última versão definitiva possivelmente poderá ocorrer a seu critério pessoal.
Gritar bem alto e exceder em muito é uma escolha opcional.

Entendeu? Nem eu!

Já não resta mais sacrifício

Um homem fora preso por cometer inúmeros crimes e sua sentença seria a prisão perpétua. Ficaria preso até o dia da sua morte. Porém, no dia do seu julgamento, uma testemunha relatou ser o culpado de todos os crimes que aquele homem cometera e assumiu a culpa em seu lugar. Logo, o homem que estava condenado foi solto e livre. A testemunha que assumiu a culpa em seu lugar foi presa e morta.

Assim que saiu da prisão, o homem, grato, andava feliz pelas ruas e contava a todos o que aquela testemunha havia feito por ele. Mas logo que se deparou com os antigos atos criminosos voltou a praticá-los. Tudo que antes ele havia feito de errado, tinha voltado a fazer. E já não podia gozar a liberdade que a testemunha havia doado a ele, pois tinha medo de ser encontrado pela polícia e preso novamente. Agora, vivia uma vida de profunda prisão, quando não podia mais andar nas ruas normalmente para não ser morto ou preso. Sua vida estava tão ruim quanto era antes na prisão. A testemunha havia morrido em vão.

Você já deve estar entendendo o que eu quero dizer. Esse homem culpado somos nós. Condenados a morte eterna por muitos pecados. Jesus é aquele que assumiu a culpa em nosso lugar e morreu por nós, assegurando a nossa liberdade. E se Cristo nos libertou devemos viver a liberdade que ele nos deu. Porém, preferimos viver a vida de pecado que levávamos e voltamos às velhas praticas. Logo, torna-se inútil para nós, a morte e o sacrifício de Jesus na cruz. Toda escravidão que o pecado tinha sobre nós continua a ter e a nos privar da vida verdadeira que poderíamos ter. E morremos sem salvação.

Triste e lamentável esta história. Mas é isso o que a bíblia diz. Mas, ainda há algo. Jesus morreu sim em nosso lugar. Mas não está morto, Ele ressuscitou e está a direita de Deus intercedendo nesse instante por mim e por você. Está, através desse simples texto, dizendo a nós que Ele nos ama e quer nos salvar da morte eterna. Basta que nos arrependamos, mudemos de direção, paremos com as práticas pecaminosas – sejam elas quais forem. E seremos verdadeiramente livres.


"Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados..."

Hebreus 10.26

Hudson, porque por mais dura que seja a verdade é ela quem nos libertará.

Esperança

E se tirarem o teu chão? Se a tua base for movida como move-se uma montanha ao estremecer um terremoto. Como agirás se a injustiça abraçar-te e não mais deixar a tua morada? Se todos os teus prazeres forem transformados em pranto? Que palavras sairão de tua boca se o mundo conspirar contra ti? Irás precisar de força, de ânimo, de paz.

Acima de tudo irás precisar de esperança. Ainda que estes sentimentos não pareçam significar algo, precisarás da esperança personificada, para lhe olhar nos olhos, lhe oferecer um sorriso, lhe estender a mão e lhe confortar em um abraço.

Jesus. É a nossa esperança, mesmo diante da morte. Louvado seja o Cordeiro!

Hudson, porque aprendo a depender dEle tanto que sem Ele já não há sentido na vida.


23 de maio de 2011

O Evangelho não muda

Penso como seria se o Senhor Jesus viesse a Terra hoje, ao invés de ter vindo 2000 anos atrás. Como o Senhor encontraria o homem? Tento imaginar como seriam nossos dias sem a Igreja. Claro, muitos erros cometidos pela religião cristã não existiriam: sangue inocente que fora derramado em nome de Deus, venda de indulgências, guerras nomeadas de “santas”, e tantas outras atrocidades cometidas por nós cristãos. Mas também consigo ver que o mundo sem a Igreja, falo da verdadeira de Cristo, talvez estivesse hoje no seu mais profundo caos. Moralidade e imoralidade não se distinguiriam. Certo e errado seriam sinônimos. Justiça não significaria o que é. E o pecado seria o vício da existência e o fim da humanidade. Seria um mundo pior que este onde vivemos. E se o Senhor começasse a pregar o evangelho hoje, no Rio de Janeiro, Brasil. O que Ele pregaria?

Minhas especulações não me deixam de perguntar. E sabe, olhei pra mim, e descobri. Jesus pregaria hoje o mesmo que pregou a 2000 anos atrás. O evangelho continua sendo um desafio a nós. Continuo tendo que tomar minha cruz, dia após dia, e seguir o Senhor. Ainda preciso aprender a perdoar para ser perdoado. Há muito em mim que precisa morrer para que Cristo viva em meu ser. O pecado ainda insiste em me dominar quando a cruz me assegurou a liberdade. Continuo perseverando pela salvação. Ainda oro pedindo misericórdia pelos atos involuntários e erros que provoco.

O evangelho não muda. O que foi pregado antes deve ser pregado agora, e será o mesmo para amanhã. Não há como modernizar o sermão quando a carência do homem é a mesma desde o Éden. Miserável homem que sou... E seremos miseráveis sempre, a não ser que o evangelho imutável nos encontre e nos leve a vida abundante que o sangue do cordeiro nos dá.