20 de novembro de 2010

Autógrafos

Tá aqui no Aurélio: escrita ou assinatura do próprio autor. O autógrafo é um bem precioso para um fã. Falo isso pois recemente o pastor em nossa congregação brincou dizendo "O Hudson não gosta de dar autógrafos!", em uma de suas preleções. E é verdade.

É comum alguém chegar e pedir a mim para assinar o Cd que o nosso grupo produziu (eu apenas interpretei as canções). Me sinto honrado em representar nossa igreja e todos que trabalharam nesse projeto. Mas o desconforto em autografar é porque eu não fiz isso sozinho, não sou o autor da obra.

Exagera quem diaboliza aqueles que dão autógrafos sobre algum trabalho seu. Não há nada de errado em assinar sua própria obra. Eu mesmo, criatura de Deus, trago em mim o seu autógrafo. O sangue do cordeiro, derramado sobre mim, para minha remissão é a maior prova dos direitos autorais daquele que me criou e me amou.

A coisa só complica quando artistas cristãos assinam o autógrafo da soberba. Acreditam estar superiores aos demais e se sentem melhor que todos. Até ai tudo se conserta com um toque de humildade de Deus (lembra de Nabucodonosor, Jonas e Saul?). Mas tudo fica mais difícil quando nós elegemos os heróis. Depositamos nossas expectivas em pessoas talentosas e rejeitamos o criador dos talentos. A simples posição de fã pode levar-nos a legítimos idólatras.

Por fim, vamos estabelecer parcerias. Eu deixo você ser meu fã, desde de que eu também possa ser um fã seu. E sobre os autógrafos, fico com o conselho do meu pastor, "não é autógrafo Hudson, é só uma dedicatória...".

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