30 de junho de 2010

Breves Lembranças


De todos os dias foi em um deles que senti. Senti o que era pensar em quando ficar velho. Quando os cabelos brancos tingidos pela experiência revelar-me em um ancião. Quando as roupas não precisarem mais ser tão bonitas mas apenas confortáveis. Quando falar minhas deliciosas histórias de uma época juvenil será pra mim um prazer e aos ouvintes uma longa investida de tempo. Quando mamãe e papai, quem sabe, já não estarão vivos no mundo, apenas no coração. Quando acordar cedo será normal. Silêncio e paz serão ouro. E lá não haverá a irmã caçula correndo pela casa, brincando com suas bonecas. Também não haverá mais a irmã mais velha varrendo a casa, brigando comigo e com seu jeitinho caprichoso e orgulhosa em cuidar da nossa casa. E lá eu não serei mais tão filho. Quem sabe seria mais pai, mais avô, ou mais tataravô. E pensar nisso não me faz mal. Ma faz feliz saber que sou hoje a melhor lembrança do meu amanhã. E hoje vou viver tão intensamente para que depois só me reste lembrar e dizer: É, eu realmente vivi!

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento... Eclesiastes 12.1

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